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M16 (fuzil)
A historia do desenvolvimento e adoção do fuzil 5,56mm americano, o M16, é longa e controversa, a seguir se encontra a mais provável:
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1948: O Operations Research Office (ORO) do exército americano realizou uma pesquisa sobre armas leves, a pesquisa foi concluÃda no inicio dos anos 1950, e teve como resultado que o calibre mais desejável para infantaria seria o .22 .O que possibilitaria uma arma de alta taxa de disparo, com seletor de fogo automático,e com precisão de até 300 metros.
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1953 – 1957: o US DOD realiza uma pesquisa similar que chega a mesma conclusão um calibre .22 de alta velocidade.
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1957: O exército americano pede a Armalite, uma divisão da Fairchild Aviation Corp. para desenvolver um fuzil calibre .22, leve com seletor de fogo, com capacidade para penetrar um capacete de aço a 500 metros. Eugene Stoner, um projetista da Armalite, desenha um novo fuzil de assalto com base no seu desenho anterior o AR-10 em calibre 7,62mm, ao mesmo tempo a Remington, em conjunto com a Armalite, começa o desenvolvimento de um cartucho com base nos .222 Remington e .222 Remington Magnum, ambos cartuchos de caça, sobre o nome inicial de .222 Remington Special e lançado sob a designação .223 Remington, com código M193.
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1958: A Armalite entrega os novos fuzis, sob o nome de AR-15, ao exército para testes. Os testes iniciais mostraram sérios problemas de precisão e confiabilidade com o fuzil.
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1959: A Fairchild desapontada com o AR-15 vende os direitos de produção e patente para a Colt Manufacturing Company.
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1960: Eugene Stoner deixa a Armalite e se junta a Colt, no mesmo ano a Colt apresenta o AR-15 para o comandante da USAF, General Curtis LeMay. LeMay pretendia adquirir oito mil AR-15 para o Comando Aéreo Estratégico, para substituir as envelhecidas carabinas M1 e M2.
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1962: A Agência de Projetos de Pesquisa Avançada (ARPA), compra mil AR-15 da Colt e os envia ao Vietnã do Sul para experiências em combate. No mesmo ano excelentes relatórios chegam do campo que demonstram a eficácia do novo fuzil preto usado pelas forças do Sul.
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1963: A Colt recebe contratos de 85 mil unidades para o exército dos Estados Unidos, com a designação de XM16E1 e mais 19 mil fuzis para USAF, com a designação M16. O M16 da USAF não era nada mais do que um AR-15 com um novo nome. O XM16E1 difere do AR-15/M16 (modelos da época) por ter um dispositivo adicional chamado de frente auxiliar, que empurra o conjunto do ferrolho, forçando a cabeça de trancamento em caso de obstruções.
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1964: A USAF (United States Air Force, ou Força Aérea dos Estados Unidos) adota oficialmente o M16, e no mesmo ano o exército americano aprova o XM16E1 para ser usado no perÃodo de aposentadoria do M14 de calibre 7,62mm até a finalização do projeto SPIW.
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1966: A Colt é premiada com um contrato de 840 mil fuzis para as forças armadas americanas num valor de 92 milhões de dólares, cerca de 105 dólares por unidade.
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1967: O exército americano aprova o XM16E1 sob a designação M16A1 em 28 de fevereiro.
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1965 – 1967: Relatórios de campo do Vietnã lançam um olhar pessimista sobre a arma, os fuzis entregues para as tropas americanas travavam em meio ao combate, o que resultou em muitas baixas. Houve algumas causas para o mau funcionamento, o principal foram as munições que usavam, tinham como propelente uma pólvora em grânulos esféricos, a mesma utilizadas na munição 7,62mm OTAN. Esses grânulos produziam resÃduos muito incrustantes que se acumulavam e travavam o fuzil, isso aliado ao fato do kit de limpeza não acompanhar o fuzil, os soldados eram pouco treinados para limpar o seu fuzil e tinham poucas provisões para fazê-lo, e o sistema de ação direta sobre o ferrolho aumentavam os desgastes da arma reduzindo sua precisão rapidamente.
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1967 – 1970: Percebidas as deficiências do fuzil, começou-se a saná-las, utilizando-se novas munições que geram bem menos resÃduos, o ferrolho e o duto de gases começam a ser cromados para aumentar sua resistência à corrosão, Kits de limpeza foram despachados para as tropas e programas de treinamento foram feitos. Inicialmente os kit eram levados separados da arma mas por volta de 1970 todos os M16A1 são fabricados com uma cavidade na coronha para levar o kit. No mesmo ano carregadores de 30 cartuchos foram introduzidos para se equiparar aos fuzis AK-47 de fabricação chinesa e soviética que vinham com essa capacidade.
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1977 – 1979: Ensaios da OTAN levam a adoção de um cartucho 5,56x45mm melhor, desenvolvido na Bélgica pela FN, desenvolvido em conjunto com a metralhadora leve FN Minimi, com um projétil 0,5 grama mais pesado e mais fino na ponta, com uma velocidade um pouco menor, como resultado um alcance e poder de penetração maior. O alcance melhorou porque a munição tinha um melhor coeficiente balÃstico, seu código é SS109. O cartucho SS109 precisa de um cano com um giro nas estrias a cada 7 polegadas (razão 1:7), o cano dos primeiros M16 que usavam munição M193 tinha razão 1:12, pois queriam que o projétil tomasse posição vertical para aumentar o dano. Hoje muitos fabricantes fazem seus canos com razão 1:9, para que eles aceitem razoavelmente bem ambas as munições.
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1981: A Colt desenvolveu uma variação do M16A1, denominado M16A1E1, adaptado para a munição de origem belga SS109. PossuÃa um cano mais pesado com razão 1:7, guarda-mato cilÃndrico ao invés do triangular e miras ajustáveis e substituiu o fogo automático pela rajada de 3 tiros como medida para preservar munição.
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1982: O M16A1E1 é renomeado como M16A2.
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1983: O US Marine Corps aprova e adota o M16A2.
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1985: O US Army adota oficialmente o M16A2 como fuzil padrão da infantaria.
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1988: A FN Manufacturing, uma subsidiária da FN Herstal, torna-se o principal fabricante de armas das forças armadas americanas, porém a Colt continua o desenvolvimento e fabricação de armas baseadas no AR-15, porém fornecendo apenas para o mercado civil.
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1994: As versões mais recentes da famÃlia M16 são lançadas: M16A3 e M16A4 com alça removÃvel e trilhos picatinny, sendo que o M16A3 possui capacidade de fogo automático diferente do M16A4 que, como o M16A2, é limitado a rajada de 3 tiros. Nesse mesmo ano foram lançados novos membros dessa "famÃlia" o M4 e M4A1 que não são nada mais do que, respectivamente, M16A2 e M16A3 com canos menores.